quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

DESPINDO-SE


Já é tempo de continuar, minha gente!

Tempo de sacudir a poeira, de pôr a melhor vontade, a melhor disposição e a melhor força e recomeçar.

Sim, recomeçar! Porque amanhecemos de novo. Porque, de novo, tivemos nova chance de fazer hoje o que ontem não fizemos. De ser o bom que até ontem não fomos.

É tempo de examinarmos a nós mesmos, ponderarmos nossas atitudes com o próximo, com o menos próximo e, sobretudo, conosco mesmos. Tempo de reavaliarmos nossos passos e consertar o que  pode ser feito e aprender a lidar com aquilo para o quê não há mais solução.

Todo dia é tempo de largar malas, fardos que teimamos em carregar na cacunda a todo custo. É tempo de deixar orgulhos e vaidades de lado que esse tempo todo se mostram disfarçados de dignidade.

É tempo de olhar para o outro simplesmente como nosso semelhante, tão falho, tão limitado, tão amável, tão capaz como você mesmo.

É tempo de abraçar o outro com os braços da alma e sentir que ali tem outra alma pulsando, tão sedenta em ser feliz, em amar e ser amada quanto você.

É tempo de valorizarmos as qualidades - todos as tem - e usar os escorregões como aprendizados, nada mais.

É tempo de sermos o melhor que pudermos ser em todos os aspectos da nossa vida. Tempo de deixar diferenças de lado e sermos superiores a elas. Tempo de jogarmos as miudezas ao vento. Tempo de usarmos as diferenças para nos completarmos. Admitir que não temos todas as qualidades do mundo e que as que o outro tem completam nossa vida de forma harmônica.

É tempo de descobrirmos qual a medida que devemos ser para cada pessoa, respeitando as vontades  e o padrão que cada um escolheu para si. Tempo de deixarmos o outro ser o que é e não o que queremos que seja.

É tempo de sermos nós mesmos. De deixar de usar como nossos os "sins"e os "nãos" do outro. Tempo de ter coragem para dizer cada qual seus próprios "sins" e "nãos". Tempo de ouvir o outro e saber interpretar o que ele realmente está dizendo; de olhá-lo além das aparências, de ouvi-lo além do que sai por sua boca. De ouvir os sons da sua alma e ver dela todas as nuances.

É tempo de deixar ir quem precisa ir, quem está no momento de construção de novas etapas da vida. E é tempo de abraçar com toda intensidade quem escolhemos para em seu coração morar.

É tempo de recompor os laços que nunca poderão se quebrar, mas que por orgulho e vaidade, deixamos ficarem esfarrapados, molambos.

Alguns laços nunca se romperão; cada fio usado em sua construção é muito forte para que ele todo seja rompido. Mas a vida cobra de nós novos laços e cobra também sabedoria em lidar com os que construíram conosco.

É tempo, minha gente, de deixar as meninices de lado, as coisas de criança de lado. A birra, a manha, a vontade de bater os pezinhos e se jogar no chão se contorcendo para ter um capricho atendido.

É tempo de crescer. De evoluir. De olhar para além de nós mesmos. De entender que algumas coisas teremos que aprender custe o que custar. Nessa hora, a inteligência, a resiliência e o perdão serão elementos indispensáveis.

É hora de nos conhecermos. De nos olharmos olho no olho, sem ninguém intermediando, sem nos boicotar e admitirmo-nos o que realmente somos e o que precisamos mudar definitivamente.

É tempo de não dar tempo para o erro, para o pior que há em cada um de nós.

É, então, tempo de luta. Lutas travadas no interior de cada um. Lutas que somente cada um pode ter consigo mesmo. Lutas duras, sangrentas, porque desfarão dentro de nós muitas conexões doentias, sombrias e malévolas.

Admito: não será nada fácil! Mas é necessário! Chega de adiar nosso melhor para depois, um depois que nunca chega.

É, pois, tempo de escolhermos o agora para sermos o melhor que podemos ser para nós mesmos e para os que estão ao nosso redor.


GC

domingo, 22 de dezembro de 2013

Música e poesia: o passaporte para o Paraíso

 Letra 1
"Esta canção que eu canto ao luar,
Eu fiz pensando em você.
As nuvens brancas soltas no ar...
E eu, pensando em você.
Passa o tempo e eu, cantando.
Para glorificar este amor feliz.
Este amor que é tão grande.
Maior que céu e o mar...
É tão sublime amar."

Letra 2 
http://youtu.be/nWFLp4UdDWk
“Vamos, amor, que no nosso jardim
A flor já desabrochou
Vamos seguir a estrada feliz
Que a mão de Deus nos traçou
O luar virá depois iluminar nós dois
Nós dois e mais ninguém
O teu sonho velarei
Teus olhos beijarei
Para sonhar também.”

Uma música composta num boteco de Viena enquanto um grupo de amigos passava algumas horas entregues aos prazeres do álcool. O auge da noite, hoje o sabemos, foi o momento em que um deles pegou o menu e rabiscou qualquer coisa sem dar muita importância. Não fosse um dos seguidores de Baco, cuidadoso ao pegar a anotação, não se conheceria hoje uma das lindas composições que abrilhantam nossos dias: Serenata de Schubert.

O que Schubert não sabia é que sua melodia seria associada a letras comoventes, que embalariam as horas de amor de tantos casais apaixonados.

A melodia encanta. O tom menor dá um ar de tristeza e, consequentemente, de beleza. Ambas, irmãs na música e na literatura. Os intervalos de quarta e sexta parecem espelhar a saudade crescente que o eu-lírico sente da amada. Saudade que só faz alimentar esse amor tão grande...

Já no campo da poesia, uma das letras atribuídas à canção não deixa a desejar. “Olha, estou sozinho, rodeado das mais belas paisagens naturais, mas não há como negar que meu amor não é menor que tudo isso. Um amor maior que o céu e o mar.” Nada melhor do que o luar e as nuvens brancas para serem cenários desse amor, que de tão sublime, só lhe resta ser glorificado.

A segunda letra vem para selar esse amor. É como se não houvesse alternativa possível aos amantes. “Sigamos a estrada feliz que a mão de Deus nos traçou.” Estavam condenados ao amor, fadados à felicidade. Uma vida de sonhos os aguardava para ser vivida.

Em ambas as letras, a poesia dada à música na passagem do tom menor - que soa tristonho - para o tom maior prenuncia o futuro feliz e realizado desse amor que é tão grande e que faz sonhar. Não é possível mensurar, mas, certamente, muitos e muitos casais se derramaram em amores ouvindo Serenata de Schubert. Tantos outros, em dias de sol, admiraram as mesmas nuvens brancas soltas no ar. Por certo, há, também, os que foram banhados pelo mesmo luar que acarinhou o casal apaixonado e que serviu de inspiração para tão bela poesia.

Quantos sonhos construídos! Quantas declarações de amor! Quantos amores! Tudo inspirado pela música e pela poesia a ela atribuída.

Graças a um amigo, a melodia da Serenata de Schubert, que inspira e faz ressurgir o mais sublime dos sentimentos, chegou a nossos dias. Dessa vez, a glória foi para humanidade, presenteada com um espetáculo de música e poesia. Aquela, o som que atravessou a eternidade e chegou a nós como uma dádiva de Deus. Esta, o caminho que o homem encontrou para traduzir os mais belos sentimentos que a música é capaz de evocar, o encontro com o que é divino!

Gizeli Costa

21JUN2011

Epifanias musicais

A manhã, com sua claridade corada de sol, havia vindo com lentidão e, antes que eu percebesse, ela tinha se retirado graciosamente. O sol, tímido, cedeu seu lugar a nuvens, que brincavam de esconde-esconde com as expectativas para esse dia. Era domingo à tarde. As tardes de domingo costumam ser melancólicas, ainda mais quando cai uma chuvinha fina que acinzenta os céus e insiste em fazê-lo também em meu coração.

Estava simplesmente vivendo. O máximo que sabia era que a tarde, mesmo com todas as possibilidades de tempo fechado, seria de sol em meu coração.

A disposição era a de reviver, através da música, momentos especiais. “Concerto for 2 Cellos and Orchestra in G minor” de Vivaldi, “Stand by me”, “Over the rainbow” iam embelezando o dia. Eu ia me deleitando. Entregando-me ao momento, à experiência, à vida que me laçava para seu mundo divinamente musical.

Lá pelas tantas, uma música tocou-me mais profundamente do que as outras, “I believe in a hill called Mount Calvary” cantada pelo Gaither Vocal Band. Além da melodia, a letra me fez lembrar de que a cruz é elemento quase obrigatório na música gospel. A cruz que havia sido, ao mesmo tempo, algoz para Cristo e liberdade para nós.

Letra, melodia e força da cruz se misturaram. Meu coração descompassou. A música parecia ir crescendo, acompanhando a subida de Cristo ao Calvário. A intensidade das notas musicais me transportou para um passado longínquo quando Cristo, sacrificialmente, entregou sua vida por toda a humanidade. A grandeza da melodia me fazia ver a grandeza do ato de Jesus. Fez-me entregar novamente minha vida a Ele como se fosse a primeira vez.

Sim! A música. Ela é capaz de nos levar a lugares inimagináveis, capaz de nos dar sensações insondáveis. Capaz de entrar no mais profundo do coração humano e despertar o sentimento mais escondido. Ela me fez sentir a dor da cruz e dos açoites impostos ao Filho de Deus.

Eu ia me surpreendendo com aqueles sons, com toda aquela música que foi pensada por alguém há não sei quanto tempo. Como era possível concatenar as notas musicais a ponto de provocar as mesmas emoções que rodearam o compositor quando ele as sentiu? Como, tempos depois, eu podia sentir essas emoções, e novas emoções por conta das mesmas combinações sonoras?

No final da música, minhas certezas se resumiam a: “Músico é aquele cara que anda a um metro do chão.” Não é um cara normal! Ele recebeu um quê dos céus que o fez diferente, especial. Ele consegue transformar os dias cinzentos em dias de sol; as horas escuras, em luz brilhante e faz do momento feliz um contentamento sem fim. Mais imponente que isso é o segundo e mais cabal dos pensamentos sobre a arte de combinar melodia, harmonia, ritmo - e sentimento: “A música só pode vir de Deus!” ou como diz o grande poeta: “Música, carícia de Deus.” Ela é um dos benefícios divinos dos quais Ele nos carrega diariamente.

Os acordes, a melodia e a poesia daquela música transformaram o domingo de chuva em dia de sol e música derramados no meu coração.

Gizeli Costa

15MAI2011

sábado, 14 de dezembro de 2013

Pré-Modernismo

01.  (FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo exaltado e delirante da personagem principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos, que objetivam “reformar” o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores da vida nacional:
a) escolar, agrícola e militar;                   
b) linguístico, industrial, e militar;
c) cultural, agrícola e político;                 
d) linguístico, político e militar;
e) cultura, industrial e político.

02.  Nas duas primeiras décadas de nosso século, as obras de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, tão diferentes entre si, têm como elemento comum:
a) A intenção de retratar o Brasil de modo otimista e idealizante.
b) A adoção da linguagem coloquial das camadas populares do sertão.
c) A expressão de aspectos ate então negligenciados da realidade brasileira.
d) A prática de um experimentalismo linguístico radical.

03.  Augusto dos Anjos é autor de um único livro, Eu, editado pela  primeira vez em 1912. Outras Poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Considerando a produção literária desse poeta, pode-se dizer que:
a) Foi recebida sem restrições no meio literário de sua época, alcançando destaque na história das formas literárias brasileiras.
b) Revela uma militância político-ideológica que o coloca entre principais poetas brasileiros de veio socialista.
c) Foi elogiada poeticamente pela crítica de sua época, entretanto não representou um sucesso de público.
d) Traduz a sua subjetividade pessimista em reação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário em reação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário técnico-científico-poético.
e) Anuncia o Parnasianismo, em virtude das suas inovações técnico-científicas e de sua temática psicanalítica.

04.  Assinale a associação incorreta:
a) Lobato – narrativa oral.
b) Lima Barreto – simplicidade, oposição ao preciosismo.
c) Graça Aranha – sincretismo entre Realismo, Simbolismo e Impressionismo.
d) Euclides da Cunha – “barroco cientifico”.
e) Coelho Neto – simplicidade, apontado pelos modernistas como exemplo.

05.  Assinale a falsa, sobre Monteiro Lobato:
a) traz a paisagem do Vale do Paraíba paulista, denunciando a devastação da natureza pela pratica agrícola da queimada;
b) explora os aspectos visíveis do ser humano; seus contos têm quase sempre finais trágicos e deprimentes;
c) vale-se das tradições orais do caipira, personificado pelo Jeca Tatu, valendo-se do coloquialismo do “contador de casos”;
d) nos romance Urupês e Cidades Mortas aborda a decadência da agricultura no Vale do Paraíba, após o “ciclo” do café;
e)   n.d.a.  

06.  Em Os Sertões, de Euclides da Cunha, a natureza:
a) condiciona o comportamento do homem, de acordo com as concepções do determinismo cientifico de fins do século XIX;
b) é objeto de uma descrição romântica impregnada dos sentimentos humanos do autor;
c) funciona como contraponto à narração, ressaltando o contaste entre o meio inerte e o homem agressivo;
d) é o tema da primeira parte da obra, A Terra, mas não funciona como elemento determinante da ação;
e) é cenário desolador, dentro do qual vivem e lutam os homens que podem transformá-la, sem que sejam por ela transformados.

07.  A obra de Lima Barreto:
a) É considerada pré-modernista, uma vez que reflete a vida urbana paulista antes da década de 20.
b) Gira em torno da influencia do imigrante estrangeiro na formação da nacionalidade brasileira, refletindo uma grande consciência crítica dessa problemática.
c) Reflete a sociedade rural do século XIX, podendo ser considerada precursora do romance regionalista moderno.
d) É pré-modernista, refletindo forte sentimento nacional e grande consciência critica de problemas brasileiros.
e) Tem cunho social, embora esteja presa aos cânones estéticos e ideológicos românticos e influenciou fortemente os romancistas da primeira geração modernista.

08.  Assinale a alternativa em que aparecem três características de Rui Barbosa:
a) espírito combativo, sinonímia, historiador;
b) poeta parnasiano, lirismo, subjetividade;
c) retratista, análise, regionalista;
d) orador exímio, justeza verba, linguagem elaborada;
e) critica, sátira, barroquismo.

09.  “Sofreu influencias das idéias deterministas de Taine; nacionalista ferrenho, deu grande valor à mestiçagem; foi o primeiro intérprete da evolução cultural e espiritual brasileira; ignorando Hege, Engels e Marx faltou-lhe uma concepção totalizante e dialética da cultura.”:
a) Raul Pompéia;                     
b) Sílvio Romero;    
c) Rui Barbosa;      
d) Domingos Olímpio;            
e) Adolfo Caminha.

10.  A obra reúne uma série de artigos, iniciados com Velha Praga, publicados em O Estado de São Paulo a 14-11-1914. Nestes artigos o autor insurge-se contra o extermínio das matas da Mantiqueira pela ação nefasta das queimadas, retrógrada pratica agrícola perpetrada peã ignorância dos caboclos, analisa o primitivismo da vida dos caipiras do Vale da Paraíba e critica a literatura romântica que cantou liricamente esses marginais da civilização:
a) Contrastes e Confrontos (Euclides da Cunha);
b) Urupês (Monteiro Lobato);
c) Idéias de Jeca Tatu (Monteiro Lobato);
d) À Margem da História (Euclides da Cunha);
e)   n.d.a.



RESPOSTAS 
1. C / 2. C / 3. D / 4. E / 5. B / 6. A / 7. D / 8. D / 9. B / 10. B

Simbolismo

Nos exercícios de números 01 a 05 assinale em cada série a afirmação que não corresponda ao Simbolismo:

01.
a) Uso freqüente de aliterações e assonâncias.      
b) Musicalidade dos versos. 
c) Uso de rimas pobres.
d) Presença de assonâncias.
e) Apreensão dos modelos greco-romanos.

02.
a) Procurou instalar um credo estético com base no subjetivismo.
b) Não precisar as coisas, antes sugeri-las.
c) Racionalismo absoluto.                         
d) Expressão indireta e simbólica.
e) Transcendentalismo

03.
a) Evocar os objetos pouco a pouco, através de um processo encantatório que caracteriza o Simbolismo.
b) Correspondência e inter-relações de sentidos, sinestesias.
c) Vida literária marcada pela excentricidade, artifício, insânia.
d) Vida introspectiva, o homem voltado para dentro de si mesmo, levando-o à duvida, as perguntas angustiantes.
e) Arte poética como fruto do consciente.

04.
a) Descoberta da metáfora como célula germinal da poesia, daí a riqueza imagística.
b) Poesia surgida do espírito irracional, não conceitual da linguagem.
c) objetividade no encarar a vida.
d) os estado d’alma são importantes, a religião do “eu”, daí a forte nota individualista.
e) explora a realidade situada além do real e da razão.

05.
a) Conflito eu X mundo.
b) Correspondência entre o mundo material e o mundo espiritual.
c) Ânsia do absoluto, do eterno e do mundo ideal.
d) Distanciamento entre literatura e música.
e) Impressões sensoriais apuradas.

06.  Das alternativas abaixo, indique a que não se aplica ao Simbolismo:
a) Procura evocar a realidade e não descrevê-la minuciosamente.
b) O poeta evita que os sentimentos interfiram na abordagem da realidade.
c) O valor musical dos signos lingüísticos é um efeito procurado pelos poetas.
d) O simbolismo mantém ligações com a poética romântica.
e) O tema da morte é valorizado pelos simbolistas.

07. (ESAPP-modificado) Assinale a única afirmação coerente com as características do movimento simbolista:
a) Algumas obras são bastante herméticas, justificando a referencia a um estilo “nefelibata”, pela obscuridade nebulosa, consistindo não poucas vezes em uma linguagem de compreensão extremamente difícil.
b) Evita radicalmente a abordagem de paisagens desoladamente esfumaçada, de visões esgarçadas, de um estilo etéreo e de um penumbrismo no ambiente.
c) Nas obras há um predomínio dos fatos fisiológicos, que não de fatos de ordem espiritual e transcendente, mas apenas manifestações da matéria.
d) Preferência pelos assuntos da época, marcadamente as questões sociais, como a abolição da escravatura.
e) Exacerbado sentimento da natureza, que se revela especialmente quanto à apresentação do indígena e das riquezas naturais, como florestas, rios e fauna.
 
08. (PUC) No poema de Cruz e Sousa, ocorre o predomínio das seguintes características:
a) inovações, simultaneidade de traços, dinamicidade, ausência de seqüência temporal e descritor-observador.
b) Explicações, seqüência de traços, estaticidade, seqüência temporal e narrador-personagem.
c) Explicações, seqüência de traços, dinamicidade, ausência de conflito narrativo e ausência de narrador.
d) Invocações, concomitância de traços, estaticidade, ausência de conflito narrativo e ausência de narrador.
e) Invocações, concomitância de traços, estaticidade, seqüência  temporal e descritor-observador.

09. Das alternativas abaixo, indique a que não se aplica ao Simbolismo:
Visões, salmos e cânticos serenos, / Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes... / Dormências de volúpicos venenos  / Sutis e suaves, mórbidos, radiantes... /   / Infinitos espíritos dispersos / Inefáveis, edênicos, aéreos,  / Fecundai o Mistério destes versos / Com a chama ideal de todos os mistérios. /  
a) Valores fonêmicos como elemento estrutural.
b) O emprego adequado de símbolos. 
c) Alucinações sinestésicas.
d) Exatidão descritiva.
e) Um código novo e requintado.

10. O simbolismo caracterizou-se por ser:
a) positivista, naturalista, cientificista;
b) antipositivista, antinaturalista, anticientificista;
c) objetivo – racional;                            
d) uma volta aos modelos greco-latinos;
e) subjetivista – materialista.

RESPOSTAS 
1. E / 2. C / 3. E / 4. C / 5. D / 6. B / 7. A / 8. A / 9. D / 10. B

Parnasianismo

01.(FUND. UNIV. RIOGRANDE) Marque a afirmativa correta:
 a) O Parnasianismo caracterizou-se, no Brasil, pela busca da perfeição formal na poesia.
b) O Parnasianismo determinou o surgimento de obras de tom marcadamente coloquial.
c) O Parnasianismo, por seus poetas, preconizava o uso do verso livre.
d) O Parnasianismo brasileiro deu ênfase ao experimentalismo formal.
e) O Parnasianismo foi o responsável pela afirmação de uma poesia de caráter sugestivo e musical.

02. Assinale a alternativa que tenha apenas características do Parnasianismo:
a) culto da forma; objetivismo; predomínio dos elementos da natureza;
b) preocupação com a forma, com a técnica e com a métrica; presença de rimas ricas, raras, preciosas;
c) predomínio do sentimentalismo; vocabulário precioso; descrições de objetos;
d) teoria da arte pela arte; métrica perfeita; busca do nacionalismo;
e) sexualidade; hereditariedade; meio ambiente.

03.(MACKENZIE) Não caracteriza a estética parnasiana:
a) a oposição aos românticos e distanciamento das preocupações sociais dos realistas.
b) A objetividade, advinda do espírito cientificista, e o culto da forma.
c) A obsessão pelo adorno e contenção lírica.
d) A perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos.
e) A exaltação do “eu” e fuga da realidade presente.

04. (CEFET-PAR)
      E sobre mim, silenciosa e triste,
      A Via-Láctea se desenrola
      Como um jarro de lágrimas ardentes. (Olavo Bilac)

Sobre o fragmento poético não é correto afirmar:
a) A “Via-Láctea” sofre um processo de personificação.
b) A cena é descrita de modo objetivo, sem interferência da subjetividade do eu-poético.
c) A opção pelos sintagmas “desenrola” e “jarro de lágrimas ardentes”visa a presentificar o movimento dos astros.
d) Há predomínio da linguagem figurada e descritiva.
e) A visão de mundo melancólica do emissor da mensagem se projeta sobre o objeto poetizado.
 
05. Enfocando os temas e as atitudes parnasianos:
a) a poesia parnasiana é alienada, no sentido de que ignora as questões que não sejam essencialmente estéticas;
b) há um acentuado desprezo pela plebe e pelas aspirações populares;
c) o artesanato poético é sua principal preocupação;
d) os parnasianos diferem da atitude impassível e anti-sentimental dos realistas;
e) é uma poesia de elaboração, fruto do “esforço intelectual”.

06. Ainda quanto a estes temas e atitudes:
a) existe uma preferência pelos temas universais, objetivos;
b) ao fazer a fixação da cenas históricas, o poeta coloca-se ao lado dos anseios de sua época;
c) a mitologia é revalorizada;
d) filosoficamente, os parnasianos são pessimistas;
e) a descrição de fenômenos naturais é freqüente em seus versos.

07. Leia os versos:
Esta, de áureos relevos, trabalhada / De divas mãos, brilhantes copa, um dia, / Já de  aos deuses servir como cansada, / Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. /   / Era o poeta de Teos que a suspendia. / Então e, ora repleta ora esvaziada, / A taça amiga aos dedos seus tinia / Todas de roxas pétalas colmada.  (Alberto de Oliveira) /
Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema:
a) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo;
b) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso;
c) revalorização das idéias iluministas e descrição do passado;
d) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga;
e) vocabulário preciosista, de forte ardor sensual.

Texto para as questões 08 a 10

      Vila Rica
      1        O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;
      2        Sangram, em laivos de outro, as minas, que ambição
      3        Na torturada entranha abriu da terra nobre;
      4        E cada cicatriz brilha como um brasão.

      5        O ângelus plange ao longe em doloroso dobre.
      6        O último ouro do sol morre na cerração.
      7        E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,
      8        O crepúsculo cai como uma extrema-unção.

      9        Agora, para além do cerro, o céu parece
      10    Feito de um ouro ancião que o tempo enegreceu
      11    A neblina, roçando o chão, cicia, em prece.

      12    Como uma procissão espectral que se move...
      13    Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...
      14    Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove. (Olavo Bilac)
 
08. Sobressai no poema:
a) a descrição de um ambiente fictício;
b) a visão do homem infeliz;
c) um retrato valorizador da fé humana;
d) um aprofundamento do mistério humano;
e) O aspecto descritivo e a lembrança de um passado histórico.

09. Predominam no texto:
a) imagens gustativas e auditivas;          
b) imagens acústicas e tácteis;
c) imagens acústicas e olfativas;            
d) imagens visuais e tácteis;
e) imagens acústicas e visuais.

10. Assinale o par que melhor se aplica ao poema:
a) manhã / tarde                     
b) religião / ateísmo               
c) dor / felicidade
d) mistério / solução                
e) opulência / decadência

RESPOSTAS
1.A / 2. B / 3.E / 4. B / 5. D / 6. B / 7. D / 8. E / 9. E / 10. E

Realismo e Naturalismo - Parte 3

1 Todas as características enunciadas a seguir pertencem à obra de ficção de Machado de Assis, exceto:
a) Preocupação em analisar o mundo interior das personagens.
b) Sondagem dos motivos secretos do comportamento humano.
c) Visão pessimista e desencantada do relacionamento humano.
d) Análise do comportamento humano sempre à luz das teorias deterministas.

2 Considere os seguintes fragmentos:
I. Combinam-se personagens e interesses com o exclusivo objetivo do casamento: é assim que a ideologia burguesa acaba por condicionar as conveniências de classe, mal disfarçadas pelo idealismo com base em virtudes abstratas, assumido pelo escritor.
II. Estruturalmente, a forma do romance busca renovação: a intriga cede lugar à análise psicológica ou social, com vistas ao conhecimento das causas profundas do comportamento seja do indivíduo, seja da classe a que pertence.
III. Empresta-se um verniz medieval às façanhas de nossos nativos, como se a civilização précabralina constituísse nossa gloriosa Idade Média.
As afirmações
a) I e II referem-se à prosa realista, e III, à romântica.
b) I refere-se à prosa romântica, e II e III, à realista.
c) I e III referem-se à prosa romântica, e II, à realista.
d) I refere-se à prosa realista, e II e III, à romântica.
e) I e III referem-se à prosa realista, e II, à romântica.

3 Das afirmações abaixo, assinale a única que pode ser considerada correta quanto ao Realismo.
a) Apesar das intenções criticas, acabou fazendo a apologia da família burguesa e do catolicismo.
b) Desenvolveu uma literatura voltada principalmente para os problemas rurais, denunciando o abandono e a pobreza do interior do Brasil.
c) Criou o romance regionalista, exaltando a vida no interior do país e valorizando as raízes nacionais.
d) Procurou analisar com objetividade e senso crítico os problemas sociais e humanos.

4 Com relação ao Naturalismo, é válido afirmar que:
a) Acentua a influência do meio ambiente para ressaltar que o ser humano é capaz de superá-la e criar seu próprio modo de vida.
b) Destaca bastante o papel do meio social e dos caracteres hereditários na explicação do comportamento humano.
c) É oposto ao Realismo, pois julga que a literatura não deve se preocupar com problemas sociais.
d) Demonstra grande preocupação em analisar o ser humano do ponto de vista estritamente psicológico, isolando-o do meio social.

5 A propósito do Naturalismo, julgue os itens:
1 O ser é retratado como produto do meio.
2 O escritor evita julgar ações e personagens de um ponto de vista ético e moral, pois seu intuito é expor e analisar cientificamente a realidade.
3 É um tipo de Realismo que tenta explicar romanticamente a conduta e o modo de ser dos personagens.
4 No Brasil, o romance naturalista exalta o homem meta físico, em oposição ao homem animal, cujas ações e intenções o escritor condena.
5 Tem como características, entre outras, o determinismo biológico, a tematização do patológico e a aplicação do método experimental.

6 A ficção realista de Machado de Assis, no século XIX:
a) Inaugura a literatura regionalista de problemática existencial.
b) Continua uma literatura de caráter cientificista iniciada no Naturalismo.
c) Antecipa o romance moderno de linha introspectiva.
d) Cria uma literatura que retrata os conflitos das camadas populares.
e) Incorpora a temática da oposição entre meio urbano e meio rural.

7 Assinale a alternativa em que estão indicados os textos que analisam corretamente alguns aspectos do romance realista.
I - As personagens independem do julgamento do narrador, reagindo cada uma de acordo com a sua própria vontade e temperamento.
II - A linguagem é poeticamente elaborada nos diálogos, mas procura alcançar um tom coloquial, com traços de oralidade, nas partes narrativas e descritivas.
III - Observa-se o predomínio da razão e da observação sobre o sentimento e a imaginação.

a) I, II, III.
b) I e II .
c) I e III.
d) II.

8 Use (R) se a característica for realista; (P) se for parnasiana; (N) se for naturalista e (F) se for de outra Escola:
( ) Preocupação científica.
( ) Perfeição da forma.
( ) Exploração de temas exóticos.
( ) Predomínio do sujeito e sentimentalismo.
( ) Determinismo (materialista).
( ) Pastoralismo e bucolismo.
( ) Tentativa de alcançar a impassibilidade.
( ) Culto do contraste

9 Numere a primeira coluna de acordo com a segunda, considerando obra e autor:
( ) O mulato
( ) O Missionário
( ) O bom crioulo
( ) Helena
( ) A carne
( ) O cortiço
( ) O ateneu
( ) A normalista
( ) Quincas Borba

1. Machado de Assis
2. Raul Pompéia
3. Aluízio Azevedo
4. Adolfo Caminha
5. Inglês de Sousa
6. Júlio Ribeiro

Exercícios
1 D
2 C
3 D
4 B
5 C, C, E, E, C
6 C
7 C
8 N, P, P, F, R, F, P, F

9 3/5/4/1/6/3/2/4/1

Realismo e Naturalismo - Parte 2

01. No texto a seguir, Machado de Assis faz uma crítica ao Romantismo: Certo não lhe falta imaginação; mas esta tem suas regras, o astro, leis, e se há casos em que eles rompem as leis e as regras é porque as fazem novas, é porque se chama Shakespeare, Dante, Goethe, Camões. Com base nesse texto, notamos que o autor:
a) Entende a arte como um conjunto de princípios estéticos consagrados, que não pode ser manipulado por movimentos literários específicos
b) Entende que Naturalismo e o Parnasianismo constituem soluções ideal para pôr termo à falta de invenção dos românticos
c) Refuga o Romantismo, na medida em que os autores desse período reivindicaram uma estética oposta à clássica.
d) Preocupa-se com princípios estéticos e acredita que a criação literária deve decorrer de uma elaborada produção dos autores
e) Defende a idéia de que cada movimento literário deve ter um programa estético rígido e inviolável

02. Das citações apresentadas abaixo, qual não apresenta, evidentemente, um enfoque naturalista?
a) À porta dos leilões aglomeravam-se os que queriam comprar e os simples curiosos
b) Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos
c) Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente
d) batiam-lhe com a biqueira do chapéu nos ombros e nas coxas, experimentando-lhes o vigor da musculatura, como se estivesse a comprar cavalos
e) as peixeiras, quase todas negras, muito gordas, o tabuleiro na cabeça, rebolando os grossos quadris trêmulos e as tetas opulentas

03. O mesmo da questão anterior:
a) O quitandeiro, assentado sobre o balcão, cochilava a sua preguiça morrinhenta, acariciando o seu imenso e espalmado pé descalço.
b) ... uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas...
c) A Praia Grande, a Rua da Estrela contrastavam, todavia, com o resto da cidade, porque era aquela hora justamente a de maior movimento comercial
d) Viam-se deslizar pela praça os imponentes e monstruosos abdomes dos capitalistas
e) ... viam-se cabeças escarlates e descabeladas, gotejando suor por debaixo do chapéu de pêlo

04. A respeito de Realismo, pode-se afirmar:
I Busca o perene humano no drama da existência
II Defende a documentação de fatos e a impessoalidade do autor perante a obra
III Estética literária restritamente brasileira; seu criador é Machado de Assis.
a) As três afirmações são corretas
b) São corretas apenas II e III
c) As três informações são incorretas
d) Apenas III é correta
e) São corretas I e II

05. O realismo foi um movimento de:
a) irracionalismo
b) maior preocupação com a objetividade
c) volta ao passado
d) exacerbação ultra-romântica
e) moralismo

06. Podemos verificar que o Realismo revela:
I senso do contemporâneo. Encara o presente do mesmo modo que romantismo se volta para o passado ou para o futuro.
II o retrato da vida pelo método da documentação, em que a seleção e a síntese operam buscando um sentido para o encadeamento dos fatos.
III técnica minuciosa, dando a impressão de lentidão, de marcha quieta e gradativa pelos meandros dos conflitos, dos êxitos e dos fracassos.
a) as três afirmativas forem corretas
b) apenas a afirmativa III for correta
c) três afirmativas forem incorretas
d) as afirmativas II e III forem corretas
e) as afirmativas I e II forem corretas

07. Considera iniciado o movimento realista no Brasil quando:
a) José de Alencar publica Lucíola
b) Aluísio de Azevedo publica O Homem
c) Machado de Assis publica Memória Póstumas de Brás Cubas
d) As alternativas a e c são válidas

08. Assinale a única alternativa incorreta:
a) O cientificismo do século XIX forneceu a base da visão do mundo adotada, de um modo geral, pelo Naturalismo
b) O Realismo não tem nenhuma ligação com o Romantismo
c) O Realismo apresenta análise social
d) A atenção ao detalhe é característica do Realismo

09. O realismo, como escola literária, é caracterizado:
a) pelo culto da forma
b) pelo subjetivismo
c) pelo exagero da imaginação
d) pela preocupação com o fundo
e) pelo objetivismo

10. Examine as frases abaixo
I Os representantes do Naturalismo fazem aparecer na sua obra dimensões metafísica do homem, passando a encará-lo como um complexo social examinando à luz da psicologia.
II No Naturalismo, as tentativas de submeter o Homem a leis determinadas são conseqüências das ciências, na segunda metade do século XIX.
III Na seleção de "casos" a serem enfocados, os naturalistas demonstram especial aversão pelo anormal e pelo patológico.

Pode-se dizer corretamente que:
a) nenhuma está certa
b) existem duas certas
c) só a I está certa
d) só a II está certa
e) só a III está certa

Respostas:

1. D / 2. A / 3. C / 4. E / 5. B / 6. A / 7. C / 8. B / 9. E /10. D 

Realismo - Naturalismo - Parte 1

Parte 1

1. O romance realista apresenta suas características específicas, definidoras das tendências da época e da escola literária. É possível, entre aquelas, apontar o fato de que ele:
a)  analisa pormenorizadamente as vicissitudes das personagens que viveram um drama histórico, espelho da realidade da nação.
b) se constrói em torno da análise dos caracteres, equacionados com a visão mais profunda de sua realidade interior e de sua fisionomia moral.
c)  dá relevo à paisagem social e física em que se passa a história, constituindo-se o conjunto uma crônica amena dos costumes da época.
d) procura retratar os ambientes, considerando desnecessária a análise psicológica das personagens e das motivações internas de seus atos.

2. Ao escritor realista interessam, sobretudo, os conflitos:
a)  universais, que espelham os problemas humanos desvinculados das relações possíveis com o momento histórico.
b) de natureza individualizadora, que permite aprofundar a análise psicológica dos personagens.
c)  que permitem à obra tornar-se politicamente combativa e comprometida.
d) originários da relação do homem com seu meio ambiente.

3. Os escritores realistas e naturalistas, preocupados com as causas, determinam o comportamento do homem, criam, no mais das vezes, personagens:
a)  cujas ações e psicologia são determinadas por forças atávicas e sociais.
b) de personalidade firme, cujo comportamento diante da vida não decorre de postura subjetiva.
c)  lúcidas o suficiente para perceberem, através de constante autocrítica, as raízes e causas dos erros que cometem.
d) cujo comportamento é invarialmente patológico, em decorrência de optarem sempre pela marginalidade.

4. Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado o romance divisor de águas da obra machadiana, porque, a partir dele, o autor:
a)  assume de vez a visão da realidade, apenas esboçada nos romances da chamada primeira fase.
b) se insere na estética naturalista, ao denunciar as mazelas sociais, os casos psicológicos patalógicos e os aspectos mais repugnantes da realidade.
c)  antecede as conquistas modernistas, com uma postura crítica diante da civilização industrial e uma atitude de denúncia das misérias do mundo rural.
d) desmitifica as idealizações românticas e assume uma visão crítica que, despindo as aparências que encobrem a realidade, busca as razões últimas das ações humanas.

5. Assinale a alternativa falsa a respeito de O Cortiço.
a)  várias personagens exemplificam as teses do romance naturalista
b) na obra narram-se aspectos da vida coletiva
c)  as personagens têm, geralmente, grande profundidade psicológica
d) Miranda e João Romão representam um contraste social

6. As preocupações científicas do Naturalismo orientam-no a:
a)  ocupar-se de aspectos patológicos da conduta humana, tais como taras, desvios, miséria externa, desequilíbrios psicológicos.
b) fazer que a literatura despreze a participação das emoções na urdidura da trama narrativa.
c)  contemplar seguidamente os fenômenos naturais e buscar o sentido do universo em uma ordem cósmica e universal.
d) copiar a natureza tal e qual os sentidos, a razão e a intuição permitem apreendê-la.

7. Qual destas afirmações não se aplica a uma classificação de Dom Casmurro como romance?
a)  de costumes        b) urbano                                c) psicológico         d) memorialista

8. Foi no romance ____________ que Aluísio Azevedo atinou de fato com a fórmula que se ajustou ao seu talento. Não montou um enredo em função de pessoas, mas de cenas coletivas de tipos psicologicamente primários:
a) O Homem                          b) A Mortalha de Alzira
c) Uma Lágrima de Mulher    d) O Cortiço

9. O melhor romance de Aluísio Azevedo tem, como tema, uma habitação coletiva fluminense (favela) nos fins do século XIX e por personagem principal João Romão. Este romance é
a) Casa de Pensão   b) O Coruja            c) O Cortiço            d) O Mulato

10. Nasceu no Maranhão em 1857 e morreu em Buenos Aires, em 1913. Foi caricaturista, romancista, teatrólogo, diplomata. Projetou-se em 1881, quando publicou O Mulato, primeiro romance naturalista da literatura brasileira; um romance de tese, no qual analisa a marginalidade do mulato brasileiro. O autor a que se refere o texto é:
a) Aluísio Azevedo                                b) Raul Pompéia
c) Álvares de Azevedo                           d) Júlio Ribeiro

11. Capitu revela um sentimento inconfessável pelo defunto, diverso da piedade e do amor ao próximo. O marido, narrador obcecado pela esposa, observa-lhe todos os gestos e desvenda neles:
a) o assassinato                      b) o ciúme patológico de Capitu
c) o adultério                          d) o amor entre Sancha e Capitu

12. Examine as frases abaixo:

    I.   Os representantes do Naturalismo fazem aparecer nas suas obras dimensões metafísicas do homem, passando a encará-lo como um complexo social examinado à luz da psicologia.
    II.  No Naturalismo as tentativas de submeter o homem a leis determinadas são conseqüências da aplicação, à literatura, do experimentalismo, que caracterizou as tendências das ciências, na segunda metade do século XIX.
    III. Na seleção de casos a serem enfocados, os naturalistas demonstraram aversão pelo anormal e o patológico.

Pode se dizer corretamente que:
a) só a I está correta.                              b) só a II está correta.
c) só a III está correta.            d) existem duas corretas.

13. Qual a alternativa que contém todas as características do romance naturalista enumeradas neste conjunto?
1. vulgaridade; 2. atmosfera de sonho; 3. idealização do herói; 4. cientificismo; 5. espírito de aventura; 6. contemporaneidade; 7. predomínio da observação; 8. narrativa lenta, em prosa; 9. o homem enquanto indivíduo; 10.concepção mecanicista do mundo.

a) 3, 4, 6, 7, 9, 10   b) 1, 4, 5, 7, 9, 10      c) 3, 4, 7, 8, 9, 10     d) 1, 4, 6, 7, 8, 10

14. Associe:

    1. O Mulato        2. A Carne                       3. A Normalista           4. Dom Casmurro
   
    ( )   Machado de Assis
    ( )   Adolfo Caminha
    ( )   Júlio Ribeiro
    ( )   Aluísio Azevedo

a) 4, 3, 2, 1             b) 4, 3, 1, 2             c) 3, 4, 2, 1             d) n. d. a.

15. Assinale a alternativa em que está incorreta a relação autor-obra-personagem:
a) Manuel Antônio de Almeida - Memórias de um sargento de Milícias - Leonardo
b) Joaquim Manuel de Macedo - A Moreninha - Carolina
c) Raul Pompéia - O Ateneu - Carlos
d) Aluísio Azevedo - O Cortiço - João Romão

Resposta:
 1. B / 2. D / 3. A / 4. D / 5. C / 6. A / 7. B / 8. D / 9. C /10. A /11. C /12. D /13. D /14. A /15. C

1) Considere as afirmações abaixo sobre a reação anti-romântica no Brasil:
I- O Positivismo, o Determinismo, o Darwinismo são idéias científico-filosóficas que fundamentam o pensamento da época.
II-A prosa realista foi marcada pelo destaque do elemento psicológico no registro do tipo brasileiro do fim do Império.
III-Nos romances escritos após 1880, Machado acentua a crítica àsociedade da época, assumindo uma fina ironia quando focalizaquestões como o casamento, adultério, a exploração do homempelo próprio homem.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.            b) Apenas III.         c)Apenas I e III.
d) Apenas II e III.   e) Corretas I, II e III.

2-)(UBC) – Sobre o Naturalismo, é correto afirmar que:
a) Estabelece relações entre fatores biológicos e sociológicos e a conduta das personagens.
b) Defende a natureza e a vida pastoril.
c)Analisa o homem sob o ponto de vista psicológico.
d) Descreve a natureza como refúgio do poeta.

3)  Com relação à prosa de ficção realista-naturalista,não se pode afirmar que:
a) O romance naturalista aplicou métodos científicos na transfiguração artística real.
b) A prosa realista, com vistas ao entretenimento do leitor, retratouenfaticamente o casamento com suas “verdades” afetivas emorais.
c)Os escritores realistas e naturalistas optaram por uma concepção da realidade “tal como é e não como deve ser”.
d) O mundo humano, na ficção naturalista, apresentou-se submetido ao mesmo determinismo que o resto da natureza.
e) Em oposição à visão romântica de mundo, o narrador realista foi mais impessoal na descrição da realidade.

4) Assinale a alternativa em que se completaerradamente a
seguinte proposição: Do romanceO Cortiço pode-se dizer que:
a) É um romance urbano.
b) O autor admite a influência do meio no comportamento do indivíduo.
c)Alcança a época da escravidão.
d) Romão é tudo, menos um ingrato.
e) O protagonista não se contenta com a ascensão econômica, quer
a social também.

RESPOSTAS

1) E / 2) A / 3) B / 4) D